9.1.10

Solitude



Ó solidão, és minha força. Meu contraste comigo mesma. És aquilo que me fortalece quando tanto preciso de alguém e apenas você surge ao meu lado. E também estás ali quando não quero estar e quando as quatro paredes que me cercam, me bastam. Tua presença nunca me machuca, nunca me transborda. Não me dissipas, não me saturas. Me deixas ser como sou. Apenas quando estou contigo posso ser minha essência transparente, posso fechar meu sorriso e abri-lo novamente apenas às minhas relutâncias. Tantos te desmerecem, te varrem ao longe... Tantos tentam te empurrar para fora, jogar-te da janela do décimo andar. Eles tentam afundar-te nos aquários. Eles não sabem o bem que fazes à eles... Ou será que tua generosidade é privilégio meu? Em tantos momentos eu tenho todos ao meu redor e tudo o que quero é tua presença...
Trazes sempre contigo esse silêncio que me fascina, esse cheiro de espaço vazio, impenetrável, inquebrável. Me fazes conversar comigo, me fazes pensar em mim, me fazes ser tão mais racional. Prometa-me teus laços eternamente. Deixe-me que te tenha comigo sempre que preciso. Ó Solidão, aceite minha companhia pois preciso da tua.

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