12.6.10

You


Oh, a vida é realmente um furacão.
Eu não precisava de ninguém, e até então
Sonhava todas as noites apenas comigo mesma
E eu tinha pensamentos apenas sobre mim mesma
Meus planos eram somente para mim
E eu conversava apenas comigo
Eu não era ninguém.
As pessoas passavam por mim
E tudo o que eu via... Eram faces
Apenas faces, sem significado
Eles não existiam para mim...
Mas na verdade, eu é que era transparente.

Oh, é tão bom tê-lo aqui.
Ter teus braços para me confortar
E teu carinho para me descansar.
Oh, eu tenho você.
Inacreditavelmente... Tenho você.
Tenho teus olhos para fixar os meus
E tenho meu amor para oferecer-te
Oh, eu lhe tenho, eu lhe tenho...
Eu amo você
Amo-o até os ossos.
Eles quebrariam sem você.
Eu amo você
E sua existência
E sua essência
E sua presença.
Olhe para mim, onde está minha transparência?
Você me faz existir, olhe
Eu sou alguém agora.

7.6.10

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Há tanto que eu gostaria de saber, gostaria de falar, sentir, aprender, escutar, fazer... Vejo minha vida tão limitada... Tão finita.
Quatro paredes.
Um teto.
Uma lâmpada.
Ora acesa, ora apagada. Sinto, às vezes, tanta vontade de fazer o que não posso... E quanto ao que posso, não há em mim vontade para fazê-lo. E ainda, de vez em quando, nem mesmo sei quais são minhas vontades. O que quero, afinal? Se hoje estou convicta, como posso amanhã estar indecisa, se sou o mesmo corpo no mesmo lugar rodeada das mesmas coisas? E é tudo sempre igual... E continuo estando sempre diferente. Fora de órbita. Longe. Me pergunto quando as coisas realmente irão mudar. Ou deveria perguntar-me: " Quando pararei?"